A ilha do Corvo, a mais pequena do arquipélago, destaca-se pela singularidade dos seus costumes e tradições, pela sua riqueza ambiental e pela assinalável diversidade de materiais provenientes da sua origem vulcanológica (basaltos, traquitos, pedra pomes, escórias, ignimbritos) observáveis em estado puro ou já transformados pelos ilhéus.

A visita começa precisamente pelo Ecomuseu – Casa do Tempo, localizado bem no centro da Vila do Corvo. Este espaço funciona como uma antecâmara do território, providenciando ao visitante, através de recursos audiovisuais e multimédia, informação sobre a história da ilha e das suas gentes, incitando-os a iniciar o seu percurso de descoberta deste território repleto de particularidades.

Sugerimos um pequeno passeio pelo centro da Vila do Corvo, com passagem em alguns dos locais mais emblemáticos da ilha, mas sobretudo, permitindo ao visitante desfrutar desta vila marcada pela proximidade entre as casas, ligadas por ruas estreitas, local escolhido para a fixação dos primeiros povoadores.

Faremos uma paragem no Centro de Interpretação de Aves Selvagens, fundamental para introduzir o visitante na prática da observação de aves, atividade que coloca a ilha do Corvo como local de elevada importância a nível internacional. Aqui os visitantes dispõem de diversos equipamentos multimédia, que lhes permitem aceder a diferentes conteúdos, relacionados com o Parque Natural e a avifauna dos Açores. Teremos oportunidade de ver também a última atafona do Corvo, onde se realizava o processo de moagem na ilha.

Depois de almoço, seguimos até ao Miradouro do Portão, a 110 metros de altitude, onde é possível identificar os principais pontos de interesse da ilha, incluindo, os típicos moinhos de vento, uma das imagens mais emblemáticas do Corvo.

Terminamos a visita num outro ponto imperdível, o Miradouro do Caldeirão, onde, em dias limpos, podemos admirar esta caldeira, implantada no topo do vulcão central da ilha do Corvo. Esta depressão vulcânica é ocupada por uma lagoa com alguns cones vulcânicos de pequena dimensão no seu interior, os quais são comparados, na cultura açoriana, às 9 ilhas do arquipélago. Sugerimos aos visitantes mais aventureiros, a possibilidade de caminhar à volta do Caldeirão, para desfrutar em pleno desta paisagem e, quem sabe, talvez reconhecer pelo cantar, alguma das aves que aqui habitam.