Tal como aconteceu nas Flores, o Corvo foi, desde o século XIX, frequentado pelas barcas baleeiras americanas que aí paravam para se abastecer de frescos e recrutar mão-de-obra. Este contacto impulsionou a atividade baleeira na Ilha, mas, para explorar esta temática, importa, antes de mais, compreender as especificidades de um território único: o Corvo.
Começamos o percurso com a visita ao Ecomuseu do Corvo – Casa do Tempo, um museu que nos desperta para as vivências muito próprias dos corvinos, para a história da comunidade e para o património cultural, natural, histórico e paisagístico, tanto o material como o imaterial, desta pequena ilha.
Continuamos a nossa visita até à rampa de varar do Porto do Boqueirão, utilizada, durante a fase industrial da baleação, pela armação baleeira florentina Reis & Flores, Lda. Esta tinha como vantagem a rápida aproximação aos cachalotes avistados junto ao Corvo, que depois de caçados eram rebocados até à Fábrica do Boqueirão, nas Flores, para aí serem processados. Hoje em dia, é utilizada pelos operadores turísticos para embarcar e desembarcar os passageiros.
Seguimos até à Casa do Bote, designação atribuída ao Posto de Turismo do Corvo, construída em madeira de pinho, de forma a recuperar o traçado das antigas casas de botes baleeiros características dos Capelinhos, na ilha do Faial.
Terminamos a visita na rampa de varagem do Porto Novo, local onde, em 1980, estacionavam os seis botes pertencentes a três sociedades corvinas e de onde se pode apreciar uma das vistas mais belas da Ilha, marcada pelos seus moinhos de vento praticamente à beira-mar.