Na Graciosa, chegaram a balear uma dúzia de botes e quatro lanchas. Esta faina atingiu a sua maior expressão na década de 40 do século XX, tendo terminado em 1982.
Começamos o percurso com uma visita ao Barracão dos Botes Baleeiros de Santa Cruz, localizado na Vila de Santa Cruz, que pertenceu à Companhia Baleeira da Graciosa, Lda. Neste espaço expositivo, outrora casa para guardar as embarcações dos baleeiros, somos conduzidos numa viagem ao passado, durante a qual ficamos a conhecer uma grande diversidade de utensílios que estiveram ligados à caça à baleia. Neste núcleo do Museu da Graciosa, podemos também ver de perto um dos botes baleeiros mais especiais da Ilha – o Restinga -, equipado com a respetiva palamenta.
Seguimos até ao Porto da Calheta, onde conseguimos imaginar a azáfama vivida em tempos de baleação quando a Rampa de Varagem se enchia de gente ligada às operações das frotas baleeiras. Esta rampa foi utilizada desde o final do século XIX, e apesar das alterações e melhoramentos que foi sofrendo ao longo dos anos, podemos ainda ver na muralha, algumas argolas utilizadas para a amarração das baleias.
Terminamos na Vigia do Monte da Ajuda, junto à Ermida de Senhora da Ajuda, a primeira vigia a ser construída na Graciosa, assim como a única em funcionamento até 1946. Virada a Nordeste, dava sinal para a frota estacionada no Porto da Calheta e chegou a ser utilizada por diferentes frotas, em simultâneo, comprovando a sua importância estratégica no avistamento de cetáceos.
