No século XIX, foram constituídas três armações na ilha Terceira com sede em Angra do Heroísmo, que desenvolviam a sua atividade no porto de São Mateus e no porto do Negrito.
Para conhecer toda a história começamos por visitar a Vigia do Monte Brasil, de onde vigiavam as baleias e que servia de apoio aos baleeiros estacionados no porto de São Mateus.
No Monte Brasil exploramos toda a paisagem num percurso pedestre circular, de cerca de 7,5 km, com uma biodiversidade ímpar e paisagens em perfeita comunhão entre o verde e o azul, onde podemos aproveitar para fazer um piquenique em plena natureza.
Descemos até ao porto de São Mateus, freguesia que tem graciosamente sabido manter vivas as suas tradições de tranquilo local rural e piscatório. Esta freguesia, com especial importância para a faina baleeira, até à década de 70 do século XX, guarda ainda importantes vestígios dessa atividade fascinante.
O Núcleo Museológico da Casa dos Botes de São Mateus, junto à Rampa de Varagem, expõe um vasto leque de objetos e fotografias associados a esta atividade. Aí, podemos ver em exposição algumas das famosas embarcações e, com sorte, cruzar-nos com um dos antigos baleeiros da freguesia e ouvir as suas histórias de caça aos cetáceos.
Após esta visita, sugerimos que vire à esquerda, à saída do porto de São Mateus, na direção oeste, onde encontramos a zona balnear do Negrito, outro local importante desta faina. Aqui podemos encontrar um forte com o mesmo nome, que outrora serviu de defesa a esta costa e durante o período da baleação serviu também de armazém e habitação a pescadores de uma companhia baleeira. Para além de poder desfrutar deste local de banhos, ocasionalmente poderá encontrar exposições dentro e fora do forte.